Sua figura de bestialidade mítica
feminina. Os pelos que brotavam da carne vulvária se abriam como as plantas
buscando o sol, como um prado curvado às hélices metálicas de um helicóptero.
Suas bocas, todas, arfavam em respiração ofegante.
Uma vez deixei a chave do lado de
dentro. Estilhacei uma báscula e entrei pela janela. Nas chuvas da minha promessa
adiada de recolocar o vidro, muitas vezes, como um hálito sujo, o vento puxava
as cortinas pra fora, sugava as cortinas pra fora.
Assim também o fez ela.
Seus peitos grandes e listrados como
uma zebra se assentavam quando ela deitava. Duas bolhas flácidas, adiposas. Os
mamilos se contradiziam ao dar as direções.
Seu corpo tombado era de mérito
turístico. No interior das coxas, duas manchas pretas de queimaduras. Seu sabor
se assemelhava muito ao de muitas outras.
Mas diferente de tantas plantas
que florescem a beira-estrada, ela me tomou. Ela me subjugou. Ela me comeu.
Seus músculos vaginais moeram as aldravas duma passividade atribuída, moeram a
minha pica, reduziram a pó e cinza minha fé de raízes rasas.
Tô chocado com esse texto... É muito pesado... hahahaha
ResponderEliminarMas como dizem, a verdadeira beleza está nas imperfeições. Vc deu a intensidade certa, talvez...
Beijos, amigo... até
gostei das imagens, muito bom.
ResponderEliminarDiferente. Gosto do estilo, mas a história é muito previsível por causa do título! (e eu bem já li a mesma história contada pelo Neil Gaiman em Deuses Americanos). Ainda assim, seu texto é ótimo e eu adorei "Os mamilos se contradiziam ao dar as direções."!
ResponderEliminarvc é phodástico com as palavras meu amigo ...
ResponderEliminarestive aí mas desta vez não rolou de encontrarmos ... fica para a próxima ...
bjão querido ... voltei
Oopa, forte! E muito interessante o texto...
ResponderEliminarUm grande abraço!